Notas Pan-Americanas V

Sem-teto

A despeito do time B norte-americano, fantásticas são as medalhas de ouro do Brasil na natação, sobretudo esta do 4x200 livre.

Mas, ao contrário do que alardeia a Globo, não se pode falar em equipamento de primeiro-mundo para este parque aquático Maria Lenk, bonito, bem cuidado, porém aberto, sujeito a ventos e, qual se viu ontem, a chuvas e trovoadas – e instalações esportivas de ponta, ainda mais se construídas no século XXI, não podem submeter marcas atléticas ao paladar dos climas.

Pé-frio

Como se não tivesse motivos d´Estado outros com que se preocupar, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, revela apreensão com a escassez de medalhas d´ouro para o Brasil. Ele até lamentou, veja você!, a contusão da ginasta Daiane dos Santos, que considerava “barbada”... Mas, pitaqueiro federal, aposta no judô, na natação e no atletismo como esportes d´elevar a posição do país no quadro de medalhas.

Quando um homem público circula assim todo serelepe por grandes eventos [esportivos ou não], logo se sabe que é brasileiro, arroz-de-festa oficial, dir-se-á. Quando, porém, para além disso, os resultados esperados não vêm, cuidado, já haverá quem nele identifique um pé-frio.

Sem-fim

No ritmo d´adiamentos com qu´engatinha a competição de Beisebol, quem sabe ela não se encerra antes da Copa de 2014...

Se medalha de ouro matasse...

E Diogo Silva segue castigando longamente os dirigentes esportivos do país – fala, Diogo: “Não quero mais corrupção. Chega de outras pessoas ganhando dinheiro com o meu trabalho. Queremos que empresas privadas administrem os atletas, porque a CBT não tem condições para tal. Qualquer empresa de médio porte teria condições de pagar o salário que nós pedimos”.

Ele é o cara. (E está só aquecendo)...

Ainda o Diogo

Sempre há os malandros que pegam carona no triunfo alheio – e mesmo que absolutamente pessoal. Lula é mestre nisso. Em seu infame programa de rádio, “Café com o Presidente”, declarou: “Fico muito orgulhoso quando vejo um menino como esse Diogo Silva, que sai de uma vida muito sofrida e ganha uma medalha de ouro no taekwondo”.

Para ir à Europa competir, porém, Diogo gastou os R$ 5 mil que economizara para dar um carro a sua mãe.

(Silêncio)...

Silêncio!

A dupla de remadores brasileiros Allan Bitencourt e Anderson Nocetti reclama da locução oficial das provas na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Segundo Nocetti, o locutor os teria confundido, anunciando o término da prova antes que cruzassem a linha de chegada, o que lhes teria feito diminuir as remadas, perdendo assim a medalha de prata.

A dupla [na foto abaixo], afinal, ficou com o bronze.

(Não há, entretanto, informação de que a prata tenha ficado com o locutor).

Tecnologia carioca

A família Pan-Americana ganhará, ainda esta semana, quatro terminais de navegação internética, gratuitos, a serem instalados nas arenas do Riocentro e do autódromo, além de na Vila.

Se os terminais funcionarem como aqueles oferecidos à imprensa, é melhor que não se conte com eles...

Rivalidade provinciana

O Brasil passou a Argentina no quadro de medalhas...

E daí?

Propaganda do regime II

Rafael Capote [foto acima], o primeiro desertor cubano nesses jogos Pan-Americanos, justificou o ato alegando que terá mais chances de crescer profissionalmente no Brasil.

Para você imaginar, leitor, como deve estar a vida em Cuba...

Especialistas já!

Os EUA não utilizam os craques da NBA no basquete olímpico?

Então...

O Brasil poderia recrutar entre bandidos presos, especialistas d´ofício, os atletas que disputam as provas de tiro esportivo no complexo de Deodoro. Teríamos mais chances de medalha.

Fica aqui a sugestão.

Off-Pan

Se você não quer saber de Pan, mas de samba, leia Luiz Carlos da Vila – entrevista, lá no site da Casa: http://www.tribuneiros.com/