Eu avisei – era o óbvio ululante: alguns servidores públicos estaduais e federais aproveitariam as necessidades especiais do Pan-Americano e a visibilidade internacional do Rio de Janeiro durante os jogos para reivindicar melhor remuneração nem que sob suspensão parcial dos trabalhos.Funcionários da Cedae cogitaram de uma paralisação para sexta-feira 13, dia d´abertura do Pan – mas aceitaram por fim os termos contrapostos pelo governo do estado.
Os policiais civis, porém, já estão em greve e assim restarão pelas próximas 48 horas, período em que – hahaha! – farão somente prisões em flagrante. (Policiais rodoviários federais também organizam manifestações públicas d´insatisfação, destaque entre elas para a criativa tarja preta ao braço)...
A Polícia Militar e até o Ibama planejam igualmente alguma sorte de protesto. A Guarda Municipal, por seu turno, sempre dedicada a multar a população, não aderirá. (Ufa)!O setor hoteleiro, apesar da garantia de ordem representada pelo efetivo da Guarda Municipal nas ruas, está em pânico. Os dirigentes esportivos também, embora demonstrem publicamente confiança nas autoridades responsáveis.
Uma d´elas, o alcaide Cesar Maia, enérgico como de hábito, assegura que tudo está sob controle e adverte que os servidores qu´ameaçam fazer paralisações poderão sofrer com as conseqüências: “O Pan acaba e as reivindicações ficam. Como serão tratadas aquelas categorias que tentaram pressionar no Pan?”
De minha parte, pergunto ao prefeito: como seremos tratados nós, cidadãos que não pressionamos o Pan, embora por ele sejamos achacados, e que tampouco fazemos greve, se ainda assim ficaremos paralisados nos monumentais engarrafamentos que virão?
(Não, leitor, o alcaide não está orando na primeira foto, a despeito de que bem o devesse)...

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