23.7.07

Notas pan-americanas IX


Ouro para o Brasil, sem esforço

Na categoria bumbum pan-americano, vê-se na foto acima, vitória brasileira, mesmo com o time B, registre-se, no embate contra as cubanas.

Dá-me a luz

Faltou energia elétrica na Vila Pan-Americana neste domingo de ventania. O escritório da prefeitura ficou às escuras, assim como o centro de troca de crachás e d´identificação d´acesso. O blecaute, porém, não afetou a boate – que bombava ao som de hip-hop ou coisa semelhante.

Então, tudo bem.


O Brasil que ninguém vê

Este acima é Marcel Stürmer, concentradíssimo, ouro para o Brasil na patinação artística.

Uma cousa!

É a pátria, minha gente!

Não entendo o motivo de tanta comoção etc... Estive na final de handebol domingo no Riocentro e a pancadaria entre brasileiros e argentinos, esses eternos vascaínos, terá sido o melhor momento dos meus jogos Pan-Americanos até aqui.

Brasiiilllll!

Pancadaria no judô – flagra I

Repare, leitor, na expressão de profundo pavor do nosso valente soltado da Força Nacional diante do iminente ataque comunista.


Pancadaria no judô – flagra II

A briga comia solta quando um fotógrafo tribuneiro registrou este momento de censura pan-americana: homem não identificado calando a boca da ex-jogadora de vôlei cubana Regla Torres.

(Mas tudo bem: ela mora em Cuba; deve estar já acostumada)...

Propaganda do regime V

Mais duas possíveis deserções cubanas: bicampeão olímpico, o boxeur Guillermo Rigondeaux não compareceu à pesagem de domingo e d´ele não se tem notícia desde então.

Com ele estava o também lutador Erislandy Lara.

(Acaso precise me explicar, escrevi que são "possíveis deserções" porquanto estejamos no Rio de Janeiro, onde se deve sempre considerar a hipótese de seqüestro).


Grandes figuras do Pan - a série

Este acima é James Dean, brasileiro, esperança de medalhas no boxe.

(Dean, aliás, deve estar feliz da vida: o desertor campeão, Guillermo Rigondeaux, disputaria a mesma categoria qu´ele – e como grande favorito).

Corte e costura

O levantador Ricardinho [abaixo] é mesmo marrento, sorte de "gênio indomável", e, d´olho em Pequim, merecia mesmo uma sacudida de se sentir eventualmente dispensável.

Eventualmente - escrevi. É claro. O técnico Bernardinho sabe que este Pan é barbada e que o venceria até com o Focca de levantador. Daí o corte. Ponto final.

Fosse Liga Mundial ou competição outra mais importante e Ricardinho estaria lá. Bernardinho é comandante severo – mas não é burro.


Corte e costura II

O levantador Bruninho [foto abaixo], convocado para a vaga de Ricardinho [são muitos inhos para meu gosto], é bom jogador – dúvida não há. Mas, não sei disfarçar o incômodo, é também filho do treinador... Ocorre que Bernardinho tudo pode. É figura tão incontestável, intocável mesmo, que os críticos sequer aventam questioná-lo.

Eu, porém, o faço: e se fosse, por exemplo, o Dunga a convocar um filho seu para a seleção brasileira de futebol?

Pois é...


Corte e costura III

Que se fale o que quiser – mas o corte de Ricardinho tem motivo único: dinheiro.

A CBV ofereceu X aos atletas pela participação no Pan e o levantador, líder do grupo, achou pouco. Tentou, então, mobilizar os companheiros contra o prêmio – e com certo êxito, o suficiente para desestabilizar o ambiente da delegação.

Foi o “basta” a que se referiu Bernardinho.


Boemia pan-americana

Não há motivo outro para a prática do esporte no Uruguai hoje a não ser a confraternização posterior, como se vê nas fotos acima e abaixo.

Mandinga roqueira

A negligência com beisebol e softbol nestes jogos Pan-Americanos do Rio é inegável – e, assim, sabe-se, qualquer brisa abala as estruturas, adia jogos, derruba fases de luz etc.. Beisebol, a bem da verdade, não tem importância alguma... Mas não seria o caso de se fazer uma reza para a Cidade do Rock?

Algum trabalho vai enterrado por lá, com certeza...

(Fosse no Terreirão do Samba e nada disso acontecia - e de repente até a seleção brasileira conseguia rebater uma bola).

Factóides pan-americanos

O alcaide César “O Generoso” Maia dará entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, na Vila Pan-Americana.

Adianto que será um festival de bravatas – e talvez ele anuncie que, motivado pelo ouro de Marcel Stürmer, a prefeitura implementará a prática da patinação artística nas escolas municipais...

Bem, amigos!

Galvão Bueno, leitor assíduo desta Casa, e o mecenas tribuneiro B.T., às 4 da madrugada, no Jobi.

13 comentários:

Anônimo disse...

Me impressiona como no fundo de quase tudo o dinheiro, o famoso vil metal, tá lá mostrando a sua cara feia. Andreazza, mesmo considerando barbada o Pan, a atitude do Bernardinho é bastante corajosa, pois ao cortar o recém eleito melhor levantador do mundo, ele sabia que as críticas seriam imensas, principalmente ao convocar o 2º reserva, Bruno, seu filho. Minha mãe já tomou partido: está com o Ricardinho e não abre!

C.A. disse...

Eu também, Olga, estou com Ricardinho - e por um único motivo, que se desdobra: acho que se dá muita importância aos treinadores, em detrimento do atletas, dos craques; e acho, ademais, Bernardinho um chato do politicamente correto.

Anônimo disse...

Andreazza, você sabe, que assisti ao depoimento do Ricardinho pelo telefone, ao vivo, na madrugada de sábado, no Sportv, e fiquei bastante comovida com a fragilidade daquele homão. Ele tido como o brigão, ali, ao vivo, ainda no calor dos acontecimentos, surpreso, magoado, mas sem ofensas. Admiro o Bernardinho, mas fiquei com muitas dúvidas.

Anônimo disse...

Prefiro o filho do Bernardinho como levantador da seleção do que a filha do Dunga como estilista do pai.

Anônimo disse...

Eu e Andreazza fazemos coro no ódio ao demasiado valor que se dá aos técnicos. Odeio todos eles, sobretudo o sr.Ney Franco.

C.A. disse...

A filha do Dunga devia ser presa junto com ele.

Anônimo disse...

Caros, não duvidem: esta é a melhor cobertura dos jogos. Parabéns aos tribuneiros. (me fez lembrar aquelas seções de comentários durante a copa, só que muito melhor...).

C.A. disse...

J.P., bom e velho amigo, obrigado!

Anônimo disse...

Carlos, será que esse patinador também foi criado na gávea?(eu percebi que ele tem um jeitinho parecido com o do Diego). Espero que nas próximas notas você faça algum comentário sobre o técnico de judo cubano, o "Tim Maia". abraços

C.A. disse...

Grande figura mesmo o técnico cubano, Marcão. Do nosso patinador, não sei a procedência. Mas parece que é atleta, vá entender, do São Paulo F.C.

Anônimo disse...

Também estou com o Ricardinho. O Bernardinho obriga que os atletas dividam seus prêmios conquistados. Alguém obriga o técnico a dividir seus muitos reais ganhos em palestras? O dinheiro que este embolsa é graças à boa fase da seleção, ou alguém contrataria Bernardinho se a equipe estivesse indo de mal a pior???

C.A. disse...

Fora, Bernardinho!

Anônimo disse...

Gostaria também, em tempo, de destacar o sorriso do B.T. abraçando o também sorridente G.B., no Jobi. Mais um momento daqueles inesquecíveis proporcionados por este aprazível estabelecimento.