Notas pan-americanas

Argentino tem salvação, sim

Durante toda a apresentação do grupo carioca AfroReggae na cerimônia de boas-vindas para a delegação argentina na Vila do Pan, um dos atletas portenhos ficou de ouvidos tapados.

Para o jornalista Felippe Costa, do Globo Online, sinal de desrespeito pela cultura brasileira. Para mim, reação exagerada do Felippe e sugestão de que ele talvez desconheça a cultura brasileira.

Fora de questão, porém, somente o bom-gosto demonstrado pelo hermano.

Poeira debaixo do tapete

Como o entorno de tudo quanto construído para o Pan, apesar duma ou outra maquiagem, segue um selvagem canteiro de obras, qualquer brisa levanta e faz circular nuvens de duradoura poeira – como se sabe, ar perfeito para um atleta em vias de competir.

“Família Pan-Americana” é o escambau, ok?

Eu prefiro que digam que há, para além dos atletas, privilegiados que podem circular livremente pela cidade, seguindo pela faixa laranja, enquanto o resto se aperta nos engarrafamentos mais que dobrados. Tudo bem. A vida é assim no Brasil: quem pode, pode; quem não pode, se sacode.

Mas não me venham com essa de que são integrantes da “Família Pan-Americana”. Aí, posso pegar em armas e fazer a revolução.

Atochada

A tocha pan-americana encontra-se no paradisíaco balneário de Búzios. Não há indícios de que pretenda sair de lá.

Gente de nível

Um dirigente do CO-Rio agrediu com uma cabeçada o vice-presidente de remo do Flamengo, Raul Bragattinni, que saiu sem dois dentes.

Ele espera, contudo, que os remadores brasileiros ganhem pelo menos uma medalha de ouro, segundo ele, mais que o suficiente para, derretida, possibilitar dois novos dentes e um sorriso, naturalmente, dourado.

Desafogo

Para qualquer escrito outro de minha lavra que não pan-americano, leia o glorioso e tradicional site da Casa: http://www.tribuneiros.com/