27.7.07

Notas pan-americanas XIII

Burocracia gastronômica

O CO-Rio alega que não foi notificado ainda, apesar do Ministério Público estadual ter conseguido liminar que libera o acesso d´alimentos outros que não os vendidos, com exclusividade [e sem variedade], pelo Bob´s nas arenas pan-americanas, desde que, importante, para consumo pessoal.

Daí porque, vê-se à foto, teve a torcedora de jogar no lixo seus saborosos amanteigados caseiros.

Burocracia pura – e indigesta.

Vocação: prata

O remador brasileiro [naturalizado] Sebastian Cuattrin não conseguiu o sonhado ouro na canoagem K1, terminando a prova dos 1000m como vice – o que lhe valeu a terceira medalha de prata em jogos pan-americanos.

Nascido, claro, na Argentina, Cuattrin é, óbvio está, grandíssimo vascaíno.

Dermatologia ianque

Sofri meses como uma micose às costas. Tivesse, porém, lido antes o manual d´instruções [de sobrevivência?] que o Comitê Olímpico dos EUA distribuiu para seus atletas pan-americanos e talvez evitasse a cousa...

Publicamente divulgado apenas agora, já ao fim dos jogos, o texto, a despeito d´absolutamente verdadeiro, causou certa indignação entre os mais provincianos cariocas – e como deve ter sentido o maior d´eles, o maquiador de cidades e alcaide Cesar "O Generoso" Maia...

Assim, nessas palavras, versa en passant sobre guerra em favelas, seqüestros-relâmpagos e falta absoluta de policiamento em certas várias zonas da cidade. No que se refere ao que me plantou a micose, recomenda o manual, por ocasião de se ir à praia, que nunca se fique descalço na areia e tampouco se lance, sem proteção intermediária, as costas e os braços nas cadeiras alugadas. Mergulhar no mar? Só se for inevitável.

Nas entrelinhas... Vir ao Rio? Só se for inevitável.

Voluntários II

E segue, na surdina, o treinamento de guerrilha cubana a que se submetem os voluntários pan-americanos, a cada dia mais insatisfeitos com o pão com mortadela que lhes é servido de lanche. E já nem exigem mais presunto. Fecharam questão com peito de peru. (Do refresco, Toby Guaraná, reclamam também).

A revolução pan-americana é iminente.

Diplomata

Este é Tony Azevedo, americano, embora nascido no Brasil. Medíocre atleta da seleção C dos EUA, ouro no pólo-aquático pan-americano, foi chamado de traidor pelos loucos torcedores qu´enfrentaram o frio e o baixo nível da final para acompanhar a seleção brasileira, medalha de prata afinal.

Tony sequer fala português. Do Brasil, porém, tem exata noção:

“Costumo passar férias no Rio. Adoro a capirinha, as mulheres e as praias daqui”.

E lamba, gente boa...

Mandinga roqueira IV

Esta [abaixo] é a arquibancada em frente ao campo de softbol, na Cidade do Rock, e aqueles sete torcedores nela presentes são, na verdade, pais de santo difarçados, cuja missão consistirá em, tão-logo terminado o jogo, localizar e desenterrar, com devidas rezas, o sapo sofrido que por lá se encravou.

Eram, d´início, dez – mas três não suportaram a pressão d´acompanhar um match de softbol inteiro e desertaram.

Morda-se d´inveja, Juveninho

Jennie Finch [abaixo], craque do sortbol ianque, posando – e sorrindo – exclusivamente para este tribuneiro.

(O par de Havaianas que Jennie segura foi comprado com os recursos do Fundo Tribuneiro para a Divulgação das Boas Cousas do Brasil).


Assédio global

O ator global, galã Cauê Raymond, muito assediado na Vila Pan-Americana.

É semba, caboclo!

Se o batuque pan-americano não te apetece, leitor, leia, lá no site da Casa, Mart´nália – a voz do couro, sim senhor: http://www.tribuneiros.com/

2 comentários:

Anônimo disse...

É impressionante como eu Rio sempre desta piada do Cauê! Ô, velho safado, não vai comentar o que escrevi sobre o Larry Flint brasileiro? Sei que você é notório freqüentador da Bahamas, a qual você sempre visita ao lado do discreto Marco Maciel.

C.A. disse...

Jamais estive neste estabelecimento, o qual desconheço. Meus advogados vão procurá-lo, Sr. Focca, e não pela sugestão de que o freqüento, mas de que o faço em companhia de Marco Maciel.