Na surdina

Quem me informa é o Focca. (E o site da confederação confirma: http://www2.uol.com.br/cbf/sitenoticias/_693800082007716.html)

A esta altura o Sr. Ricardo Teixeira já deve ter sido reeleito presidente da CBF, com mandato renovado até o fim de 2014 - não por acaso ano em que se planeja uma Copa do Mundo para este país tropical, abençoado por deus.

A reeleição estava marcada para as 14h desta segunda-feira, num hotel da Zona Sul do Rio de Janeiro, embora d´ela não se tenha falado vírgula.

E assim, sem grande esforço, encontramos mais uma serventia política [haverá outra sorte de serventia que não política?] para esses jogos Pan-Americanos, ora de braços dados com a Copa América, gloriosa camuflagem para que tudo continue como está.

(Parabéns, Dunga)!

No Brasil - e só no Brasil - os clubes de futebol estão a cada dia mais pobres e a Confederação Brasileira de Futebol, a cada minuto mais rica.

Atualizando (19h12)

Ricardo Teixeira foi mesmo reeleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol - e por unanimidade, leitor. (Só o Corinthians não compareceu - o que não configura oposição, mas lamentável omissão).

E que não me venham os clubes chorar miséria depois...

Puxando-saco em pleito que não lhe diz respeito, o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, justificou a permanência de Teixeira:

"Basta analisar os resultados dele à frente da seleção brasileira. Outro ponto positivo na gestão Ricardo Teixeira foi a estabilização do calendário nacional. Sem falar no Campeonato Brasileiro por pontos corridos. Temos que reconhecer que foram dados passos importantes nos últimos anos, como, por exemplo, a criação do Estatuto do Torcedor".

Noves fora o Estatuto do Torcedor, que não é cumprido, citar os resultados da seleção brasileira [a menor das responsabilidades da CBF, a bem da verdade] e a estabilidade do calendário do futebol brasileiro [quando os clubes, sem recursos financeiros, perdem atletas até para Israel, e no meio da temporada] seria demonstração de cara-de-pau absoluta não fosse, antes, prova de profundo desconhecimento das obrigações e possibilidades duma entidade esportiva desta magnitude.

Estável, no futebol brasileiro, só Ricardo Teixeira.