30.11.07

Samba - patrimônio cultural brasileiro

Tudo muito legal, tudo muito bonito e merecido - mas, sei lá, isto não há de ser bom sinal... Se eu fosse o pessoal da Vila [foto], só por precaução, bem botava as barbas de molho...

(Outra coisa: era pr´o presidente Lula beijar o pavilhão da escola - ou pra limpar o rosto)?

10 comentários:

Anônimo disse...

hahahahahaha, acho que ele estava com alergia

C.A. disse...

É uma possibilidade, Rê. Mas, mesmo assim, o cara não dá uma dentro!

Anônimo disse...

Quer dizer que o "entusiasta de temas ligados à cultura afro, o escritor Carlos Andreazza diz que, no início dos século passado, o traje dos negros sambistas era chinelo e camiseta", é? Entusiasmada estou eu com sua fama merecida. (rsrs)
Olga

C.A. disse...

E o pior, Olímpica Olga, qu´eu disse coisa um pouco diferente... Ou você acredita qu´eu diria que um sambista [ou qualquer outra pessoa] vestia camiseta no início do século XX? (Acho que nem existia camiseta ainda)... O que disse segue abaixo - na íntegra:

"Coincidindo - não por acaso - com as primeiras gravações comerciais do samba e sobretudo, em seguida, com a eleição, destacadamente pelo governo Vargas, do gênero como a cara musical do Brasil, os sambistas da primeira metada do século XX progressivamente perceberam no samba uma possibilidade notável [e extraordinária] de ascensão e inclusão social por meio da música, com destaque para os referenciais Paulo da Portela, nos subúrbios da Central, e Ismael Silva [do Estácio], no Centro da cidade.

Até então, o samba era coisa de vadio, de macumbeiro - e à polícia era publicamente recomendado bater em negros com pandeiro, cavaquinho e violão. Vestir-se bem, com elegância - terno de linho, sapato de cromo etc. - era uma estratégia visual de respeitabilidade para aproveitar ao máximo aquele espaço inédito que o samba conquistava.

Hoje, principalmente entre os da Velha Guarda, mormente na Portela e no Império Serrano, este modo de se vestir permanece - mas já na virada dos anos de 1970 para os 80 se pôde notar, mesmo nas capas de disco, uma mudança conceitual na moda do sambista, algo que acompanhou a revolução musical dos pagodes em fundos de quintal, que tiveram como centro a quadra do bloco Cacique de Ramos, de onde saíram Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Jovelina Pérola Negra, Almir Guineto, Arlindo Cruz e o grupo Fundo de Quintal, em cujas capas de disco se pode ver os integrantes de camiseta, calça jeans e, pasmem, tênis all-star.

Anônimo disse...

Me mata de orgulho!!!

Anônimo disse...

Andreazza, decerto que o espaço do suplemento exige uma redução, mas a jornalista reduziu a pó as suas palavras, não? Ela trocou as bolas. Que maneira mais displicente de se trabalhar. Mas de qualquer forma, gostei pacas de ler seu nome no suplemento do meu bairro!
Olga

C.A. disse...

Pois é, Olga: a camiseta que botei na virada 1970/80 foi parar no começo do século XX - uma cousa...

(Que falta nos faz um Focca no jornalismo brasileiro)!

Anônimo disse...

Jornalista é uma raça... (salvo gloriosas exceções jpduartianas)

Eugenia disse...

O evento foi sensacional. Q emoção, para lulistas ou não, ver um Presidente reconhecendo a força do samba e beijando a bandeira. Que bons os discursos, inteligíveis por gente de todos os níveis. Realmente, ô raça ruim a dos jornalistas de se focar no insignificante! Que diferença faz se, naquele monte de gente junta, o presidente encostou o olho, o nariz, a bochecha na bandeira? Q importância isso tem para o evento como um todo, um verdadeiro marco para o samba carioca?

C.A. disse...

Ah, Eugenia, até parece que você não me conhece... Deixa eu implicar um pouco, vai!